Notícias
Teresina, 19 de novembro de 2025 – O Dia Mundial do Saneamento Básico, celebrado em 19 de novembro, reforça a importância desse serviço essencial para a saúde pública, a qualidade de vida e a proteção do meio ambiente. Em Teresina, a data ganha ainda mais significado diante dos avanços conquistados nos últimos anos, que vêm contribuindo diretamente para a preservação dos rios e mananciais da capital.
A preservação dos rios passa, antes de tudo, pelo saneamento básico. Quando o esgoto não recebe o tratamento adequado e é lançado diretamente na natureza, ele contamina rios, córregos e o solo, comprometendo a fauna, a flora e o equilíbrio ambiental.
Esse despejo irregular também favorece outro problema visível: o crescimento acelerado dos aguapés. “Essas plantas aquáticas surgem naturalmente, mas encontram nas águas poluídas um ambiente propício para se multiplicar rapidamente, já que o esgoto despejado sem tratamento leva grande quantidade de nutrientes, como nitrogênio e fósforo, que funcionam como adubo”, explica a bióloga Antônia Moura, mestre em meio ambiente.
Segundo ela, o saneamento básico é a forma mais eficaz de controlar esse processo e recuperar os corpos hídricos. “Quando a população se conecta à rede de esgoto, impede que o esgoto vá, de forma irregular e sem tratamento, parar nos rios. Isso reduz os nutrientes que alimentam os aguapés, melhora a qualidade da água e protege a biodiversidade”, completa Moura.
Avanços no tratamento de esgoto em Teresina
Em Teresina, os investimentos da subconcessionária Águas de Teresina vêm transformando a realidade do saneamento. O percentual de rede de esgoto na capital mais que triplicou, saltando de 19% em 2017 para 59% em 2025. Isso significa que mais de 480 mil pessoas hoje são beneficiadas com coleta e tratamento de esgoto, contribuindo para uma cidade com mais saúde, qualidade de vida e segurança ambiental.
Atualmente, todas as zonas da capital contam com rede de esgoto. Todos os dias, cerca de 40 milhões de litros de esgoto, o equivalente a 19 piscinas olímpicas, são coletados e tratados em 29 Estações de Tratamento antes de serem devolvidos de forma adequada aos rios. Em um ano, isso representa mais de 14 bilhões de litros de esgoto que deixam de chegar brutos aos mananciais da cidade.
Desde 2017, a empresa já investiu R$ 1,3 bilhão em obras de saneamento básico na capital. Só entre 2023 e 2024, foram implantados 363 km de novas redes, totalizando 966,5 km até agosto de 2025, além de 44 novas elevatórias, que elevaram o número total para 85 unidades em funcionamento em Teresina.
Responsabilidade compartilhada
Apesar dos avanços, a preservação dos rios depende da colaboração de todos. “O esgotamento sanitário é um serviço essencial, mas precisa da participação da população para funcionar bem. Conectar o imóvel à rede e usá-la corretamente é garantir mais saúde pública, proteger os rios e respeitar o meio ambiente”, afirma Gabriela Coutinho, diretora executiva da Águas de Teresina.
Ela reforça que o descarte irregular de objetos sólidos na rede, como ocorreu recentemente na zona Leste com materiais como cones de sinalização, provoca entupimentos, extravasamentos e prejuízos à saúde e ao meio ambiente.
A Águas de Teresina segue com equipes técnicas e de responsabilidade social em campo, orientando moradores e trabalhando para ampliar cada vez mais o acesso ao saneamento, uma agenda essencial para o desenvolvimento sustentável e para o futuro da capital.
