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Combater as perdas de água tratada é um dos compromissos da Águas de Teresina. Em pouco mais de dois anos de atuação, a concessionária já reduziu em 30% as perdas. O índice saiu de 64,1% para 44,9%. A meta do contrato de subconcessão prevê que o índice seja de 25% até 2027, décimo ano de operação dos serviços na capital piauiense.

O resultado alcançado nesse período reforça o modelo operacional adotado pelas concessionárias da Aegea Saneamento. Atendendo 49 cidades em 11 estados do Brasil, a Aegea buscou referências em países com excelentes desempenhos, a exemplo da Alemanha, e criou o sistema Gestão e Controle de Perdas (GCP). A Águas de Teresina segue, portanto, o modelo padronizado, cuja missão é alcançar índices diferenciados de perdas no sistema de distribuição.

Para reduzir em 30% as perdas em Teresina, a concessionária trabalhou com foco nos seguintes pilares: gestão de micromedição; detecção e regularização de fraudes; gestão de pressão nas redes; controle ativo de vazamentos; velocidade e qualidade nas manutenções corretivas e investimento em infraestrutura.

“Trabalhamos focados na prestação do bom serviço aos teresinenses e no cumprimento das metas que regem o contrato de subconcessão. Um dos desafios é a redução das perdas de água tratada. Para isso, nós temos uma equipe capacitada para fazer essa gestão em específico”, destaca Diego Dal Magro, diretor-executivo da Águas de Teresina.

Ainda segundo o Dal Magro, desde o primeiro dia de trabalho a Águas de Teresina vem investindo na automação do sistema, setorizações, reparos das redes, geofonamento noturno, troca de hidrômetros e combate às fraudes. “O modelo operacional Aegea, com emprego de tecnologia é que garante a eficiência do serviço de forma sustentável”, completa.

Por meio das tecnologias aplicadas e monitoramento em tempo real através do Centro de Controle e Operações, a Águas de Teresina consegue detectar qualquer não conformidade no funcionamento do sistema de distribuição de água como: queda de pressão, pressão elevada, possíveis vazamentos, locais com problemas de desabastecimento, entre outros aspectos.

Foco na sustentabilidade

As perdas de água potável ocorrem de maneiras diversas, sendo as mais comuns: vazamentos, roubos/furtos de água e submedição (leitura imprecisa) devido hidrômetros antigos. Como ação de modernização do parque de hidrômetros, mais de 75 mil medidores foram substituídos na cidade, de forma gratuita.

O combate às perdas inclui ainda o gerenciamento de pressões, controle de vazamentos não-visíveis, agilidade e qualidade nos reparos de vazamentos e melhoria de infraestrutura, com troca de ramais e trechos com maior incidência de vazamentos. Por mês, a média é de 4.300 correções. A Águas de Teresina já substituiu mais de 40 km de tubulações, entre trechos de redes e ramais em toda a cidade.

Somente esse ano foram identificadas na capital mais de 19.000 fraudes ao sistema, sendo as mais comuns são violação do corte, violação do ramal e by-pass (ligação feita antes do hidrômetro). A fiscalização é importante no combate às perdas uma vez que uma ligação irregular chega a consumir até cinco  vezes mais em comparação a uma ligação devidamente padronizada, regularizada.

Obras para a implantação da rede regular de água em áreas recém regularizadas pela prefeitura, também integram o planejamento para reduzir as perdas. Aproximadamente 5,5 mil famílias do Parque Vitória, Residencial Dilma Rousseff e Vila Leonel Brizola foram beneficiadas. Somente com a regularização do Parque Vitória e Dilma Rousseff, a redução de perdas foi de 64%.

Nessas localidades, os imóveis eram abastecidos pelas conhecidas gambiarras, ou seja, redes sem padrão técnico e, portanto, vulneráveis a vazamentos. O benefício com a implantação da rede regular de água não fica restrito às famílias que residem nessas áreas, mas para a população do entorno, uma vez que a distribuição passa a ser feita de forma otimizada e sem desperdício.

“As fraudes resultam em prejuízo para a operação do sistema, uma vez que são intervenções que não têm padrão técnico e danificam os equipamentos que compõem o sistema de distribuição. Além disso, podem trazer contaminação à água que é distribuída, potencializando os riscos para a saúde”, alerta Diego Dal Magro.

Quando as perdas são reduzidas, reduz também a necessidade de captar mais água dos mananciais e, consequentemente, há a exploração racional desse bem natural que é finito. “A Águas de Teresina trata o tema da sustentabilidade com bastante compromisso. Todo o nosso planejamento operacional tem como foco a prestação do serviço à população com qualidade e respeitando o meio ambiente”, finaliza Diego Dal Magro.

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